quarta-feira, 5 de março de 2008

Brasil Nuclear



Vou abrir as postagens do blog com um assunto polêmico, desconhecido por muitos e que constantemente será exposto.

Para começar vamos entender os primórdios do Programa Nuclear Brasileiro:

Até a década de 70 o Brasil só podia obter urânio enriquecido dos EUA, mas ocorreram crises e os governos decidiram acabar com as parcerias. Em meio a este terreno, a Alemanha viu no Brasil uma oportunidade de continuar suas pesquisas nucleares que foram proibidas pela Comunidade Internacional.

E isto foi feito, vários laboratórios foram montados, equipamentos comprados e profissionais treinados. Mas no auge das pesquisas o governo brasileiro percebeu que o método alemão era complexo, caro e inviável para o Brasil. Isto levou o então presidente Ernesto Geisel a criar o Centro Experimental Aramar, que consistia em um complexo clandestino para as pesquisas de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação.

Na década de 80 a Marinha assumiu que Aramar também pesquisava reatores nucleares para a fabricação de submarinos e ainda na mesma década o exército afirmou que o Brasil havia dominado por completo a tecnologia do enriquecimento de urânio.

No governo de Sarney foi descoberta uma base aérea chamada de Serra do Cachimbo, e nesta existiam perfurações subterrâneas possuindo semelhanças com as existentes nos campos de testes de Nevada nos EUA e além disso a aeronáutica possuía um projeto para criação de um foguete capaz de carregar ogivas nucleares, como mostrado no jornal "O Estado de São Paulo":

"...a arma nuclear estratégica principal do Brasil seria um artefato de 20 a 30 quilotons (quatro a seis vezes mais poderoso do que o usado em Hiroshima), feito
com plutônio e lançado por um imenso míssil de 16 metros de altura, 40 toneladas de peso, classe MRBM (Medium Range Ballistic Missile), capaz de cobrir cerca de 3 mil quilômetros transportando uma ogiva de guerra de mais de uma tonelada. É a versão militar do VLS/Veículo Lançador de Satélite, que o Instituto de Atividades Espaciais, de São José dos Campos, prepara..."


Em 1991, devido às denúncias o governo de Fernando Collor fechou todas as instalações na Serra do Cachimbo, sendo feita até uma demonstração simbólica do próprio presidente ao jogar uma pá de cal dentro de um dos buracos, gerando a imagem mais desanimadora para os defensores do Projeto Nuclear da época.



Com o fim do governo militar qualquer busca por tecnologia bélica aparentemente acabou, porém o complexo de Aramar ainda é mantido pela Marinha com a finalidade do desenvolvimento de um submarino nuclear.

No decorrer das postagens vou expor mais assuntos sobre o "Brasil Nuclear" e temas que foram marcados em negrito.

Um comentário:

Ivan Baiao disse...

nossa que imagem chocante!!!
aquela so cartao bolsa familia!!

vou roubar!
hauahua

Bjs falow


www.ivanjjunior.blogspot.com